O mito de Procris aparentemente indica que os gregos, antes da era cristã, já usavam materiais de origem animal para evitar a transmissão de doenças durante o sexo. Mas, segundo o jornalista francês Vincent Vidal, autor do divertido La Petite Histoire du Préservatif (“A pequena história do preservativo”, inédito no Brasil), a invenção do artefato parece ter ocorrido apenas no século 10, na Ásia. Os chineses improvisavam uma camisinha usando papel de seda lubrificado com óleos. Já os japoneses utilizavam um acessório rígido – e aparentemente muito incômodo – feito de carapaça de tartaruga.
No Ocidente, o uso da camisinha (como quase tudo relacionado ao sexo) foi tabu até o fim da Idade Média. A primeira menção ao preservativo só foi publicada em 1564, num tratado médico: o italiano Gabriel Fallope, professor de anatomia, descreveu uma capa de linho embebida num líquido feito com ervas e absinto. A parafernália ajudaria a manter o pênis livre de infecções. Pouco tempo depois, outros textos franceses relataram o uso de um sachê peniano feito de tecido. Ele era usado para combater o “mal napolitano”, nome dado pelos franceses à sífilis, doença sexualmente transmissível (que, ironicamente, era chamada pelos italianos de “mal francês”).
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