quinta-feira, 10 de setembro de 2009
ESPAÇO DA POESIA - DRUMMOND
Não quero ser o último a comer-te.
Se em tempo não ousei, agora é tarde.
Nem sopra a flama antiga nem beber-te
aplacaria sede que não ardeem
minha boca seca de querer-te,
de desejar-te tanto e sem alarde,
fome que não sofria padecer-te
assim pasto de tantos,
e eu covarde a esperar que limpasses toda a gala
que por teu corpo e alma ainda resvala,
e chegasses, intata, renascida,
para travar comigo a luta extrema
que fizesse de toda a nossa vida
um chamejante, universal poema.
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3 comentários:
Carlito, Drummond também disse:
”A nossa capacidade de amar é limitada e o amor infinito; este é o drama.” Será limitada mesmo?
Bjos
A MINHA CAPACIDADE NÃO!!
Nunca fui para o restaurante onde canta o sabiá...um ex bem desinformado me falou que tinha um lugar lindo prox a feirinha do tabuleiro..fomos nós..chegamos lá estava fechado..dizem que era belíssimo o local!!
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