ARTE: ARQUITETA CAROLINA LIMA

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ESPAÇO DA POESIA - DRUMMOND


Não quero ser o último a comer-te.


Se em tempo não ousei, agora é tarde.

Nem sopra a flama antiga nem beber-te

aplacaria sede que não ardeem

minha boca seca de querer-te,

de desejar-te tanto e sem alarde,

fome que não sofria padecer-te

assim pasto de tantos,

e eu covarde a esperar que limpasses toda a gala

que por teu corpo e alma ainda resvala,

e chegasses, intata, renascida,

para travar comigo a luta extrema

que fizesse de toda a nossa vida

um chamejante, universal poema.

3 comentários:

Simone disse...

Carlito, Drummond também disse:
”A nossa capacidade de amar é limitada e o amor infinito; este é o drama.” Será limitada mesmo?
Bjos

HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA disse...

A MINHA CAPACIDADE NÃO!!

Anônimo disse...

Nunca fui para o restaurante onde canta o sabiá...um ex bem desinformado me falou que tinha um lugar lindo prox a feirinha do tabuleiro..fomos nós..chegamos lá estava fechado..dizem que era belíssimo o local!!