Uma conferência de bispos italianos realizada nesta terça-feira (25) anunciou pela primeira vez estatísticas sobre abuso sexual por padres no país. Segundo dados divulgados no encontro, foram registrados 100 casos nos últimos 10 anos que necessitaram de julgamentos da Igreja ou outros procedimentos canônicos.No entanto, Mariano Crociata, uma das autoridades mais importantes da conferência, recusou-se a dizer quantos casos resultaram em condenação ou exoneração do sacerdote ou quantos foram relatados à polícia. Ao afirmar que a Igreja cooperou com a polícia, ele insistiu que a lei italiana não exige que bispos reportem suspeita de abuso.Já advogados de vítimas dizem que os bispos são obrigados a relatar o abuso, uma vez que são funcionários públicos. Normas do Vaticano dizem que os eles devem seguir as leis civis e reportar violações.As declarações de Crociata vêm um dia após o líder da conferência, o cardeal Ângelo Bagnasco, ter aberto o encontro anual de bispos pedindo às famílias para confiar na Igreja Católica apesar do escândalo, insistindo que ela nunca pretendeu subestimar o problema.Nas últimas semanas, mais casos de abusos têm sido divulgados. Nesta terça, a agência de notícias do Vaticano (ANSA, na sigla em inglês) anunciou que um padre de 73 anos conhecido na comunidade homossexual de Milão foi preso sob acusação de ter feito sexo com um garoto de 13 anos, hoje com 16. um dia antes, um sacerdote de Savona foi a julgamento por alegação de violência sexual contra uma menina de 12 anos.
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