ARTE: ARQUITETA CAROLINA LIMA

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quarta-feira, 9 de junho de 2010

SEBASTIÃO NERY


Não sou segurança ou conselheiro do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que mal conheço de jornais e TVs, mas me sinto no dever de lhe dar um conselho : arranje um colete à prova de balas. Estou sentindo cheiro de Celso Daniel nessa guerrilha pela disputa do comando da campanha de Dilma. Não é só o Haiti. Santo André também é aqui. Em 2002, Lula convocou o jovem, culto e respeitado professor Celso Daniel, prefeito de Santo André, para coordenador do programa de sua campanha. O chefão era José Dirceu, presidente do partido e super-poderoso porque era o homem que sabia onde estava o dinheiro. Segundo o Ministério Publico apurou depois, a prefeitura de Celso Daniel liberava, todo mês, um milhão de cruzeiros de uma caixinha de empresários de ônibus, que o assessor Sombra encaminhava diretamente para a direção nacional do PT em São Paulo, quer dizer, para José Dirceu.
Quando foi convocado para assumir a formulação do programa do futuro governo de Lula, Celso Daniel percebeu que era impossivel manter aquela dúbia situação : formulador da ética e fornecedor da corrupção. Convocou a equipe mais próxima e mandou encerrar de vez a caixinha. Dias depois, o corpo de Celso Daniel aparecia assassinado numa estrada perto de São Paulo. Parentes e secretarias que sabiam da historia contaram tudo aos Procuradores. Mas Lula já era o presidente eleito e empossado e jogaram uma pedra monumental em cima do assunto. Dois irmãos dele, que sabiam de tudo, preferiram esconder-se no exterior. Só na semana passada, oito anos depois, o Superior Tribunal de Justiça marcou afinal o julgamento do Sombra. Os outros escaparam. PALOCCI Morto Celso Daniel, apareceu para substitui-lo, na coordenação da campanha de Lula, o misterioso prefeito de Ribeirão Preto, Antonio Polocci, melífluo barbudinho que se meteu em mil historias lixentas na prefeitura de Ribeirão Preto, participava das festas vespertinas na Casa dos Amores do Lago Sul de Brasilia e violou a conta do caseiro Francenildo. O processo da conta só agora chegou ao fim e o único denunciado foi o presidente Matoso, da Caixa, que fez o que seu chefe mandou. Partido monótono, o PT repete em 2010 o faroeste de 2002. Mais uma vez o mesmo Palocci, ex-prefeito de Ribeirão Preto, aparece, em nome dos paulistas, disputando o comando da coordenação da campanha de Dilma com o mineiro ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, que vamos rezar para que não tenha o destino de Censo Daniel de 2010. MORENO Não estou inventado nada. Jorge Bastos Moreno, o mais palaciano reporter brasileiro, mais intimo do poder, resumiu tudo sábado no Globo: - “Nem em off Pimentel diria o que está acontecendo. Mas eu digo. O PT paulista, Palocci à frente, quer derrubar Pimentel. O PT de Minas e Lula não gostam dele. Dirceu veio tentar salva-lo. É a vingança dos aloprados contra Dilma. Pimentel não faria Dossiê nem contra uma mosca. Paga o preço por ter contratado o Lanzetta. Franklin Martins odeia o Pimentel. No comando da campanha, Pimentel só tem a Dilma e eu”. www.sebastiaonery.com.br

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