ARTE: ARQUITETA CAROLINA LIMA

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

DEU NA FOLHA DA PROVÍNCIA DOS SONHOS


FOLHA DA PROVÍNCIA

DOS SONHOS

MARECHAL RENDE-SE AO CAPITÃO


Capitão reformado e Secretário Municipal de Cultura de Marechal Deodoro, Carlito Lima solta a imaginação, libera fronteira dos territórios da ficção e liberta todas as manifestações de expressão.

De personalidade inquieta e apaixonada pelas artes e belezas naturais de sua Alagoas o velho capita dá corpo escultural de sereia a devaneios literários hasteando a bandeira da Flimar - 1ª Festa Literária de Marechal Deodoro. Sob seu comando cultural o Município torna-se o primeiro do estado a realizar um evento desse porte, confirmando assim, sua vocação para cidade histórica.

Após o desfraldar da bandeira, marcha com um exército de sonhadores. Forma colunas com escritores, jornalistas, músicos, artistas plásticos, dançarinos, repentistas e vocalistas. O toque de alvorada é dado por corais e seguido da ordem do dia: devanear.

O capitão repassa com seus comandados as estratégias de ação: tomem espaços sem assistência, invadam corações, submetam o maior número de pessoas a prosas inteligentes e boas músicas, derrubem barricadas preconceituosas de subcultura, destruam muros limitantes do pessimismo e detonem a ignorância.

Da lagoa Manguaba retirem inspirações para dividir com o povo, extraiam mitos, pesquem "causos" de pescadores e lancem redes em busca de olhares contemplativos. Pelos conventos, com suas artes sacras, contem a história do Brasil Colonial, pelas fachadas das casas narrem períodos, pelas igrejas digam quanto de ouro o país foi vilipendiado.

A missão é formar livre–pensadores, cultuar memórias, descobrir talentos. Convoquem a todos indistintamente. Façam com que se orgulhem dos talentos de sua cidade, deem a conhecer os sons emanados do sax de seu Zezinho, da rabeca de Nelson.

Ainda tinha mais recomendações a fazer quando ouve repetidos toques, toques bem seco, o som vinha lá das ladeiras de pedras que cortam a Cidade, como a anunciar que alguém trotava em cavalo.

Não estava enganado. Era o Marechal Deodoro que saiu lá da entrada da Cidade, vinha buscar informações sobre esse adorável subordinado que organizara a 1ª Festa Literária. E, estando frente a frente a Carlito, apeou do cavalo e disse: este Marechal rende-se a ti Capitão, estou preso por tua programação, fico sob seu comando.

Ana Cláudia Costa Fortes Cavalcanti

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