ARTE: ARQUITETA CAROLINA LIMA

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA

DEDICAÇÃO EXCLUSIVA



MENINO SAPECA


Rodolfo sempre foi um menino sapeca, para usar um termo de sua idade. Ainda neném, secou o leite de sua mãe, arranjaram um ama leiteira. Morena, forte, 21 anos, seios duros, firmes, ele se deliciava mamando leite puro. Ficou viciado. Mesmo sem fome, chorava, só dormia abocanhando o peito duro da bela negra. Tentaram chupeta, mamadeira, nada. Tornou-se viciado até aos sete anos. Só acabou o vício do seio porque a ama de leite arranjou uma amigação com um conhecido jornalista da época. Rodolfo chorou muito sentindo falta da ama, teve que se acostumar na marra. Adorava brincar, nadar e jogar futebol na praia da Pajuçara, onde morava, entretanto, quando chegavam as três primas, filhas de um tio – padrinho, Rodolfo deixava tudo para brincar de médico com as priminhas, aos 11 anos já conhecia detalhadamente toda anatomia feminina. Quando a ponte do Riacho Salgadinho desabou, construíram uma improvisada, estreita, de madeira, para pedestre. Dolfo descobriu um local estratégico embaixo dessa ponte, juntava os amigos para apreciar as calcinhas das meninas atravessando despreocupadamente. Aos 12 anos ele foi desvirginado pela Nega Odete, uma bela empregada doméstica, bonita, cheia de fogo, não era prostituta, gostava de se entregar aos jovens, ela escolhia com quem deitar, grande personagem da boemia da cidade dos anos 60. Ele insistiu tanto, todos os dias, que a negra lhe fez esse favor no campo da Sinhá, perto da Praça Sinimbu.


JUVENTUDE


Durante a juventude foi um dos jovens mais disputados pelas meninas, além de ser “boa pinta”, nos dois sentidos, Rodolfo tinha uma conversa encantadora para as mulheres. Atleta, jogamos juntos voleibol no Clube Fênix, onde a elite da cidade desfilava para tomar banho de piscina, ouvir Paulo Sá cantando com o Sambrasa, era o terreno, o campo de guerra de Rodolfo. Namorou todas as belas jovens dos anos dourados, foi o primeiro a dançar o rock. Naquela época a virgindade era intocável, “cláusula pétrea” na vida das moças casadoiras. Só havia um remédio para desafogar os instintos, as meninas de Jaraguá. Nosso herói também comparecia aos lupanares, as raparigas gostavam de serem bem tratadas, Rodolfo além de gentil, é humano, muitas delas não cobravam pelos serviços prestados.


A PARTIDA


Naquela época, emprego era difícil, o jovem fazia exame para o Exército ou Banco do Brasil, muitos foram arriscar a vida no sul, entre eles partiu Rodolfo em busca de um futuro melhor. Encontrei-o diversas vezes quando morava no Rio, empregado em uma empresa de borracha. Certa época apaixonou-se por uma bela loura catarinense, namorou algum tempo, noivou, casou-se e foi viver em Santa Catarina. Várias vezes retornou a Maceió com a família. O casamento durou o quanto pode, Rodolfo separou-se, retornou sozinho à terra, com saudades das quatro filhas lourinhas.


O DONO DA CIDADE


Hoje Dolfo vive solteiramente, como sempre sonhou, em Maceió. Nos anos 60/70 a atriz Leila Diniz escandalizou o Brasil quando afirmou ser uma mulher dedicada aos homens, ao amor. Rodolfo é nossa Leila Diniz masculino, ele se dedica ao amor, se dedica às mulheres.


Seus locais prediletos no fim de semana são as barracas de praia, sempre acompanhado, quarentonas, cinquentonas, às vezes um “broto” de trinta. Dolfinho não tem o hábito de ficar sozinho. Conseguiu passar quase um ano com uma namorada de juventude, hoje viúva, entretanto, reconhece ser volúvel, apaixona-se com facilidade por todas as mulheres do mundo, desde que seja bonita, charmosa, boa conversa e na cama uma Messalina. Na cabeça dele é normal amar mais de uma mulher ao mesmo tempo. Mulher para ele é coisa sublime, a criatura mais perfeita que Deus criou. Na juventude viu o filme de Brigite Bardot, “E Deus criou a mulher”, 38 vezes.


Quando não está no circuito da orla, Rodolfo faz plantão nos hotéis. Tem olho clínico para turista em busca de aventuras. Durante o café da manhã faz um reconhecimento geral nas turistas disponíveis, avança e não erra. Convida para passear, vai à praia do Francês, ao centro histórico de Marechal Deodoro, praia da Barra de São Miguel, almoço na Massagueira curtindo a lagoa. O passeio termina geralmente no hotel ou no motel. Invejável e impressionante sua dedicação exclusiva às mulheres, desde que sejam lindas, charmosas e boas de cama



carlitoplima@gmail.com

Um comentário:

Valdecy Alves disse...

Olá!

Amigo blogueiro, veja matéria e fotos sobre a manifestação dos professores de todos os municípios do Ceará, nas ruas de Fortaleza, pelo piso e por um plano de carreira decente, ////acessar em: www.valdecyalves.blogspot.com

Pra vc o soneto da infidelidade ao professor, que fiz parodiando Vinicius de Moraes:

A todo professor sou desatento
Sempre, com zelo tal e tanto e tanto
Pois educar é o meu desencanto
Extinguir professor: meu pensamento!

Perseguirei a cada vão momento
Esteja onde estiver, qual seja o canto
Levarei cada um ao pior do pranto
Ao pior pesar, nenhum contentamento!

E assim mais tarde, quando me procure
Atrás do piso, dor de quem ensina
Da valorização que vou negar-te!

Do FUNDEB direi quanto à propina
Desvio não o total, posto que é parte
De toda corrupção, que sempre dure!