ARTE: ARQUITETA CAROLINA LIMA

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sábado, 2 de outubro de 2010

CRÔNICA DE RONALD MENDONÇA


O QUE NOS AGUARDA

Alagoas chega dividida ao dia das eleições neste 2010. Segundo os números dos institutos de pesquisa, há um empate técnico entre três candidatos ao governo, coincidentemente, dois ex-governadores e o atual, por sinal, licenciado. O desprezo pelas candidaturas de esquerda, por enquanto, mostra quão é conservador o eleitor alagoano.

Para o senado, segundo as mesmas fontes, a surpresa é a candidatura da vereadora Heloísa Helena, que, tida como imbatível, entra em dispnéia e ameaça estertorar, ao mesmo tempo em que crescem as candidaturas “chapas brancas”. Especialistas e outros palpiteiros põem em dúvida se isso, caso se confirme, será salutar para Alagoas e para o Brasil.

Nessa batalha, todo apoio é benvindo. Não saem baratos. Ouço dizer que as moedas de troca são as secretarias de verbas mais polpudas. Dito de outra forma: as secretarias de saúde e educação seriam os favoritos objetos de desejo dos sabidões. Serão esquartejadas e transformadas em currais eleitorais e inesgotáveis fontes de engorda de patrimônios pessoais. Se isso acontecer, não será a primeira vez neste estado. Sim, porque qualquer pilombeta sabe que verdadeiras quadrilhas já se instalaram nessas e em outras, inclusive na estratégica secretaria da fazenda, palco de lamentáveis acontecimentos.

No plano nacional, a divisão não é menor. É complicado. Não obstante a ostensiva utilização da máquina e o apoio frenético do presidente Lula, a candidata oficial patina na metade das intenções de voto, enquanto uma metade a rejeita. Doutra parte, os outros principais adversários também não empolgaram.

Não me queixo. O programa eleitoral foi um aprendizado. Depois de 40 anos na medicina, aprendi que o SUS é mais perfeito plano de saúde do planeta. Melhor que isso: nossos impostos estão sendo maravilhosamente empregados na educação de qualidade e na segurança pública. Nossas fronteiras são vigiadas como nunca. Tanto é que armamentos pesados e drogas em mãos de marginais praticamente desapareceram.

Melhor de tudo é o que nos espera. Defenestrada do cargo por má conduta, ficou “provado” que a meiga Erenice Guerra, o cérebro pensante da Casa Civil, é tão inocente quanto os bíblicos filhos Israel e Saulo. Braço direito de Dilma, será questão de tempo seu regresso às antigas funções. Outra boa notícia: finalmente chega ao fim o purgatório de José Dirceu, o mago do mensalão. Para alegria dos brasileiros, a previsão é de um retorno apoteótico do grande chefe.

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