terça-feira, 21 de julho de 2009
PEDRO LÚCIO, O HERÓI DE PÃO DE AÇÚCAR
PEDRO LÚCIO, O HERÓI DE PÃO DE AÇÚCAR
Quando se fala em Pão de Açúcar, se pensa logo na bela paisagem do Rio de Janeiro; muitos não sabem a existência de uma tranqüila cidade à beira do Rio São Francisco homônima do morro cartão postal do Rio. Nessa bela cidade alagoana, nasceram, o secretário Álvaro Machado, o publicitário Esdras Mazonni, a destemida Heloísa Helena, o prefeito de Marechal Deodoro Cristiano Matheus, tudo gente boa que honra suas origens.
Pão de Açúcar, ex-Jaciobá, foi passagem e paisagem de Lampião em suas andanças sertanejas; lá o Rio São Francisco, de uma cor verde-azulada exuberante, estonteia, pela sua beleza, qualquer visitante desavisado. É o delírio do pintor conseguir, depois de muitas misturas de tintas, encontrar cor parecida com a do Velho Chico.
Como em toda cidade, Pão de Açúcar tem suas praças, ruas, ladeiras, serviços de correio, banco e clubes. O Iate é o clube da elite, freqüentado pelas distintas e tradicionais famílias, clube fechado, restrito, os sócios têm consciência e até orgulho dessas restrições.
Existem também as boates, os cabarés, as noitadas com as boas moças, belas prostitutas sertanejas proscritas da sociedade. Penedinho é o cabaré mais visitado pelos homens da cidade em busca de carinhos originais, proibidos por orgulho ou preconceito com suas santas esposas em casa.
Pelos idos dos anos 80 aconteceu um fato que abalou a estrutura familiar do Iate Clube, o mais bem frequentado. Houve um baile, desses bem garbosos que as moças mandam fazer vestido novo, os homens só entram com aquele velho terno pendurado o ano inteiro no guarda-roupa. Festa de muita luz, orquestra da melhor qualidade, até as cronistas sociais Lílian Rose e Maria Cândida compareceram. No suntuoso salão ao centro, casais dançavam ao som dos metais em brasa da orquestra, músicas divinas, os casais vibravam, a juventude se esbaldava e enchia a cara com muita cerveja e muito uísque. Melhor não podia ser, todos alegres, felizes. Até que aconteceu o fato.
A senhora do presidente, a primeira dama do Iate Clube com seu olhar de águia rapina, de carcará, avistou, sentadas numa mesa, duas mulheres desconhecidas, chamou a sua atenção o fato de estarem sem acompanhantes e os decotes ousados mostrando os seios bem abastados, belas mamadeiras. Quem são? Quem as conhecem? Eram as perguntas. Os homens emudeceram, dizer que as conheciam era uma confissão imperdoável. Até que alguém soprou no ouvido da madame, eram raparigas do Penedinho.
Foi o Deus no acuda, a orquestra continuava tocando belas melodias, os casais de namorados de rostos colados, colavam o resto do corpo, aproveitavam para sentirem-se coxa à coxa, mais nada importava.
O Presidente do Clube marcou uma reunião urgente na sala da diretoria. Ele fez um pequeno discurso para os diretores e senhoras, indignado com a presença de duas rameiras no baile. Era preciso colocá-las para fora do clube. Ele não se dispunha a essa atitude devido à sua condição de presidente, solicitava o algum diretor que resolvesse a situação tirando a Ritinha e amiga do salão. Quando disse o nome da rapariga, traiu-se, todos perceberam; em casa, sua mulher perguntou como sabia o nome da puta, deu porrada no presidente! Ele jamais confessaria ser freguês assíduo de Ritinha Lambe-Lambe e da acompanhante, Carmosina Fogosa.
Naquela hora, um honorável cidadão de Pão de Açúcar, levantou-se olhou para os colegas de diretoria, disse apenas: “Deixe comigo”.
Aos olhares e expectativa dos diretores, Pedro Lúcio, dirigiu-se à mesa das meninas, cortesmente convidou Carmosina para dançar. Ela se levantou toda ancha, alegre, tocava “Blue Moon”, ele a envolveu nos braços, deram passos consecutivos, Pedro Lúcio puxava o par em direção à porta, ela puxava para o meio do salão, rodopiaram, até que em posição estratégica, bem perto da porta, Pedro Lúcio, olhou-a nos olhos, falou baixinho: “Você vai sair do clube e não tente entrar novamente”. “Por que”? Perguntou a triste moça da zona. “Porque você é mulher furada”, respondeu Lúcio empurrando-a cortesmente para fora do clube. Ao voltar, percebeu a outra rapariga em pé procurando pela companheira, ao vê-lo, perguntou por Carmosina, ele responde que estava no banheiro, ao mesmo tempo convidou Lambe-Lambe para dançar. Aconteceram os mesmos procedimentos, Ritinha saiu chorando discretamente. Pedro Lúcio salvou a honra das madames do Clube, salvou também os maridos, que, apavorados, fizeram desconhecer as raparigas mais famosas do Penedinho. Pedro Lucio tornou-se herói da bela cidade de Pão de Açúcar.
Quando se fala em Pão de Açúcar, se pensa logo na bela paisagem do Rio de Janeiro; muitos não sabem a existência de uma tranqüila cidade à beira do Rio São Francisco homônima do morro cartão postal do Rio. Nessa bela cidade alagoana, nasceram, o secretário Álvaro Machado, o publicitário Esdras Mazonni, a destemida Heloísa Helena, o prefeito de Marechal Deodoro Cristiano Matheus, tudo gente boa que honra suas origens.
Pão de Açúcar, ex-Jaciobá, foi passagem e paisagem de Lampião em suas andanças sertanejas; lá o Rio São Francisco, de uma cor verde-azulada exuberante, estonteia, pela sua beleza, qualquer visitante desavisado. É o delírio do pintor conseguir, depois de muitas misturas de tintas, encontrar cor parecida com a do Velho Chico.
Como em toda cidade, Pão de Açúcar tem suas praças, ruas, ladeiras, serviços de correio, banco e clubes. O Iate é o clube da elite, freqüentado pelas distintas e tradicionais famílias, clube fechado, restrito, os sócios têm consciência e até orgulho dessas restrições.
Existem também as boates, os cabarés, as noitadas com as boas moças, belas prostitutas sertanejas proscritas da sociedade. Penedinho é o cabaré mais visitado pelos homens da cidade em busca de carinhos originais, proibidos por orgulho ou preconceito com suas santas esposas em casa.
Pelos idos dos anos 80 aconteceu um fato que abalou a estrutura familiar do Iate Clube, o mais bem frequentado. Houve um baile, desses bem garbosos que as moças mandam fazer vestido novo, os homens só entram com aquele velho terno pendurado o ano inteiro no guarda-roupa. Festa de muita luz, orquestra da melhor qualidade, até as cronistas sociais Lílian Rose e Maria Cândida compareceram. No suntuoso salão ao centro, casais dançavam ao som dos metais em brasa da orquestra, músicas divinas, os casais vibravam, a juventude se esbaldava e enchia a cara com muita cerveja e muito uísque. Melhor não podia ser, todos alegres, felizes. Até que aconteceu o fato.
A senhora do presidente, a primeira dama do Iate Clube com seu olhar de águia rapina, de carcará, avistou, sentadas numa mesa, duas mulheres desconhecidas, chamou a sua atenção o fato de estarem sem acompanhantes e os decotes ousados mostrando os seios bem abastados, belas mamadeiras. Quem são? Quem as conhecem? Eram as perguntas. Os homens emudeceram, dizer que as conheciam era uma confissão imperdoável. Até que alguém soprou no ouvido da madame, eram raparigas do Penedinho.
Foi o Deus no acuda, a orquestra continuava tocando belas melodias, os casais de namorados de rostos colados, colavam o resto do corpo, aproveitavam para sentirem-se coxa à coxa, mais nada importava.
O Presidente do Clube marcou uma reunião urgente na sala da diretoria. Ele fez um pequeno discurso para os diretores e senhoras, indignado com a presença de duas rameiras no baile. Era preciso colocá-las para fora do clube. Ele não se dispunha a essa atitude devido à sua condição de presidente, solicitava o algum diretor que resolvesse a situação tirando a Ritinha e amiga do salão. Quando disse o nome da rapariga, traiu-se, todos perceberam; em casa, sua mulher perguntou como sabia o nome da puta, deu porrada no presidente! Ele jamais confessaria ser freguês assíduo de Ritinha Lambe-Lambe e da acompanhante, Carmosina Fogosa.
Naquela hora, um honorável cidadão de Pão de Açúcar, levantou-se olhou para os colegas de diretoria, disse apenas: “Deixe comigo”.
Aos olhares e expectativa dos diretores, Pedro Lúcio, dirigiu-se à mesa das meninas, cortesmente convidou Carmosina para dançar. Ela se levantou toda ancha, alegre, tocava “Blue Moon”, ele a envolveu nos braços, deram passos consecutivos, Pedro Lúcio puxava o par em direção à porta, ela puxava para o meio do salão, rodopiaram, até que em posição estratégica, bem perto da porta, Pedro Lúcio, olhou-a nos olhos, falou baixinho: “Você vai sair do clube e não tente entrar novamente”. “Por que”? Perguntou a triste moça da zona. “Porque você é mulher furada”, respondeu Lúcio empurrando-a cortesmente para fora do clube. Ao voltar, percebeu a outra rapariga em pé procurando pela companheira, ao vê-lo, perguntou por Carmosina, ele responde que estava no banheiro, ao mesmo tempo convidou Lambe-Lambe para dançar. Aconteceram os mesmos procedimentos, Ritinha saiu chorando discretamente. Pedro Lúcio salvou a honra das madames do Clube, salvou também os maridos, que, apavorados, fizeram desconhecer as raparigas mais famosas do Penedinho. Pedro Lucio tornou-se herói da bela cidade de Pão de Açúcar.
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